Como ajudar a salvar o trecho de Mata Atlântica mais preservado do mundo? Com essa missão nem um pouco simples, nos juntamos ao coletivo #SalveAIlhaDoMel para criar um movimento de conscientização da sociedade sobre os riscos e prejuízos para o Paraná (e todo o Brasil) caso um agressivo complexo industrial, que inclui um porto, se instale no litoral do Estado, bem em frente à Ilha do Mel – um Patrimônio da Humanidade reconhecido pela UNESCO.
O porto é privado, mas o acesso a ele seria viabilizado com dinheiro público. Só a primeira etapa da obra da rodovia de infraestrutura custaria mais de R$ 360 milhões ao Estado. Para construí-la, mais de cinco milhões de hectares de Mata Atlântica viriam ao chão, isso em uma região que concentra uma das últimas porções remanescentes do bioma em bom estado de conservação no mundo. Comunidades tradicionais e indígenas que vivem na região há séculos seriam expulsas. Além das graves consequências que acompanham um crescimento industrial desenfreado, como poluição, crescimento de doenças, desigualdade social e exploração sexual.
A obra também afetaria brutalmente a capacidade turística da Ilha do Mel, atualmente a segunda maior atração turística do Paraná, atrás apenas das Cataratas do Iguaçu.
Ciclo-Rodovia Interpraias: Uma nova vocação econômica para o Paraná
Através da campanha Turismo Sim Porto Não em 2019 o movimento #SalveAIlhaDoMel, apresentou ao Governo do Paraná uma proposta alternativa para o desenvolvimento do litoral, que estimula o turismo, protege a natureza, gera desenvolvimento econômico e respeita o patrimônio humano e social da região.
O projeto é a Ciclo-Rodovia Interpraias: Mais de 50 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas interligando dezenas de municípios, praias e ilhas, com cicloparagens por todo o passeio, mirantes, estruturas para comercialização de produtos locais, além de outras soluções que facilitam o fluxo de moradores e veranistas da região e promovem educação ambiental. Tudo para beneficiar a sociedade, estimular uma economia limpa e lucrativa e proteger a natureza.
A proposta é fazer do litoral do Paraná uma referência global no setor de turismo de natureza e aventura, trazendo pessoas de todo o mundo interessadas em vivenciar uma experiência única e estimulando a prática de esportes que atraem diferentes públicos, como surf, caminhada, arvorismo, atividades náuticas, trekking e muito mais.
Quem já participa desse movimento
Um grupo de trabalho está ativo para discutir a ideia junto com Ministério Público, municípios, Governo do Estado e membros da sociedade civil. Dezenas de instituições já se uniram a essa iniciativa, como: Observatório de Justiça e Conservação (OJC), Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Arqueo Trekking, APAVE, APREC, Apremavi, Clube Paranaense de Montanhismo, Federação Paranaense de Montanhismo, Floresta Viva, GUPE, GAE (Grupo de Ação Ecológica), Hub Verde, Iniciativa Verde, Instituto Ahuá, Instituto Meros do Brasil, Instituto Rã Buggio, Jazz na Ilha, Mater Natura, Global Vita, Sea Shepherd, SOS Mata Atlântica, Rede Pró Unidades de Conservação, Rede de ONGs da Mata Atlântica, Parceiros do Mar e, claro, a Social Ideias.
A campanha está em pleno andamento e precisa de sua ajuda. Participe, acompanhe e compartilhe!
Ajude a salvar o trecho mais preservado de mata atlântica do mundo
Ciclo-Rodovia Interpraias
Observatório Justiça e Conservação
Comunicação e operação
Em todas as mídias, em todos os lugares
O cicloturismo e o ecoturismo têm crescido no Brasil e no Paraná. Essa é uma alternativa de desenvolvimento econômico com preservação ambiental e respeito aos povos originários.
Resultados
Participação popular junto ao Governo do Estado
Em 2019 foi formado um Grupo de Trabalho (GT) junto ao Governo do Paraná para discutir, na presença do Ministério Público, da academia e da sociedade civil, alternativas mais inteligentes e responsáveis para o desenvolvimento do litoral, o estímulo ao turismo e valorização das singularidades de uma região que é única no mundo, questionar o governo sobre as incoerências e ilegalidades que envolvem a intenção da construção da Faixa de Infraestrutura - que viabilizaria a chegada do porto - e o compromisso público dos governantes com um desenvolvimento responsável. As reuniões e discussões continuam acontecendo.